O e-mail surge como o meio mais utilizado para fazer chegar a informação às redacções. É também considerado “o mais prático” pelos jornalistas, seguido pelo “telefonema” e pelo fax. Esta é apenas uma das conclusões do primeiro estudo “Jornalistas e Empresas – Pistas para uma relação necessária” realizado em Portugal.
Com assinatura da consultora Cidot – Estúdio de Comunicação, o documento tem como “objectivo geral analisar as relações profissionais entre empresas e instituições e os Meios de Comunicação”, explica a empresa. Segundo adianta Marta Mimoso, directora-geral da Cidot Portugal, o estudo pretende ainda “clarificar o papel das agências de co¬municação no serviço que prestam às empresa”, considerando que “em Portugal, esse papel – e em particular as relações com os meios de comunicação social – continua envolto em polémica, desconhecimento e superstição”.
Como chega a informação aos jornalistas
Realizado a partir de 238 entrevistas, junto de jornalistas dos vários meios, o primeiro ponto sobre o qual foi solicitada informação aos profissionais teve a ver com o canal habitual através do qual recebem informações sobre empresas ou insti¬tuições para sua publicação.
A conclusão é que não existe um canal único através do qual um Meio recebe notícias de empresas e instituições. O “correio electrónico” surge como o meio mais apontado, menciona¬do por 97,5% dos entrevistados, seguido pelo “telefonema” e o “fax”, com 68,1% e 64,6% respectivamente. Para além destes canais, 43,3% dos jornalistas mencionou também a “conversa pessoal” e 37,4% apontam a “Internet/Web”. Outros meios através dos quais são recebidas notícias são, segundo os jornalistas consul¬tados, o estafeta (31,1%) e o correio (20,2%).
Quanto aos canais considerados mais práticos para receber informação, os inquiridos, independentemente do meio onde trabalham, apontam em maioria o “correio electrónico”. Já quando analisados por meio de comunicação, os dados apontam uma maior percentagem de jornalistas de meios digitais a considerar mais prático o telefonema (25%). Valor superior à do resto dos profissionais, sobretudo os da rádio e da televisão (4,2%).
Assumindo a importância do “correio electrónico”, a Cidot perguntou ainda aos jornalistas se preferiam receber as informações na sua própria caixa de correio electrónico ou na da secção. A preferência maioritária vai para o e-mail particular, adianta o relatório.
Comunicados de imprensa são os menos credíveis para os jornalistas
“Comunicados de imprensa”, “conferências de imprensa”, “conversa telefónica” e “entrevista pessoal” foram os quatro modos diferentes de transmitir a informação considerados pelo estudo na questão: “da sua experiência do último ano, quais dos mecanismos utilizados pelas empresas e instituições lhe merece mais credibilidade?”
Dos quatro, os mais credíveis foram a “entrevista pessoal” (51,3%) e a “conferência de imprensa” (16,4%). Já a “conversa telefónica” e o “comunicado” surgem como os canais menos credíveis (com 10,5 e 9,2% das respostas respectivamente).
Estas são apenas algumas das conclusões do estudo da Cidot realizado em Portugal. Para saber mais, sobre o estudo e sobre a relação entre os jornalistas e as empresas, consulte a edição impressa do Briefing de Dezembro, já disponível no nosso site, aqui (página 42).